Nesse espaço usado como parque pelos moradores Jardim Apurá, o Parque dos Búfalos está localizado na Bacia
Hidrográfica da Represa Billings, e é composto por duas sub-bacias, as sub-bacias 4 e 6. A sub-bacia 4 é formada pelas águas que vão para a parte norte do parque, realizando a recarga hídrica de seu outro lado, que fica depois da Rua Davide Pérez; e a sub-bacia 6 é formada pelas águas que vão para parte sul da área, a mais visitada pelos frequentadores.
A Bacia Hidrográfica da Billings ocupa um território
de 58.280,32 hectares (582,8 km²), localizado na porção sudeste da Região
Metropolitana de São Paulo, fazendo limite, a oeste, com a Bacia Hidrográfica
da Guarapiranga e, ao sul, com a Serra do Mar. Abrange
integralmente o município de Rio Grande da Serra e parcialmente os municípios
de Diadema, Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo do Campo e São Paulo.
Bacia Hidrográfica da Represa Billings. O círculo verde representa o Parque dos Búfalos. Fonte: CAPOBIANCO, 2000. |
A maior parte das nascentes da Bacia Hidrográfica da Billings está nas partes
sul e leste da bacia, próximas às escarpas da Serra do Mar, em
altitudes máximas em torno dos 900 m. A porção oposta da Bacia, norte e oeste, é bem menor, com cursos d’água
curtos, onde o desnível topográfico é
em média de 50 m, da nascente à foz.
A área ocupada atualmente pela Represa Billings foi
inundada a partir de 1927, com a construção da Barragem de Pedreira, no curso
do Rio Grande, também denominado Rio Jurubatuba. O projeto foi feito o com o objetivo de aproveitar as águas da Bacia do Alto Tietê para gerar energia
elétrica na Usina Hidrelétrica (UHE) de Henry Borden, em Cubatão,
aproveitando-se do desnível da Serra do Mar.
No início dos anos 40, iniciou-se o desvio de parte da
água do Rio Tietê e seus afluentes para o reservatório Billings, a fim de
aumentar a vazão da Represa e, consequentemente, ampliar a capacidade de
geração de energia elétrica na UHE Henry Borden. Este processo foi viabilizado
graças à reversão do curso do Rio Pinheiros, através da construção das Usinas
Elevatórias de Pedreira e Traição (localizada na Marginal Pinheiros), ambas em seu leito.
Esta operação, que objetivava o aumento da produção de
energia elétrica, também mostrou-se útil para as ações de controle das
enchentes e de afastamento dos efluentes industriais e do esgoto gerado pela
cidade em crescimento.
O bombeamento das
águas do Tietê para a Billings, no entanto, começou a mostrar suas graves
consequências ambientais poucos anos depois. O crescimento da cidade de São
Paulo e a falta de coleta e tratamento de esgotos levou à intensificação da
poluição do Tietê e seus afluentes que, por sua vez, passaram a comprometer a
qualidade da água da Billings.
Na próxima postagem, discutirei a produtividade das nascentes da Bacia Hidrográfica da Represa Billings e as nascentes do Parque dos Búfalos.
Na próxima postagem, discutirei a produtividade das nascentes da Bacia Hidrográfica da Represa Billings e as nascentes do Parque dos Búfalos.
Bibliografia Utilizada:
Capobianco, J. P. R. Billings 2000:
ameaças e perspectivas para o maior reservatório de água da região metropolitana
de São Paulo: relatório do diagnóstico socioambiental participativo da bacia
hidrográfica da Billings no período 1989-99. São Paulo: Instituto
Socioambiental, 2002. Disponível em: <
http://site-antigo.socioambiental.org/banco_imagens/pdfs/56.pdf>. Acessado
em: 03 abr. 2015.
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