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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Parque dos Búfalos e a Represa Billings (SP).

Nesse espaço usado como parque pelos moradores Jardim Apurá, o Parque dos Búfalos está localizado na Bacia Hidrográfica da Represa Billings, e é composto por duas sub-bacias, as sub-bacias 4 e 6. A sub-bacia 4 é formada pelas águas que vão para a parte norte do parque, realizando a recarga hídrica de seu outro lado, que fica depois da Rua Davide Pérez; e a sub-bacia 6 é formada pelas águas que vão para parte sul da área, a mais visitada pelos frequentadores.

Bacia Hidrográfica da Represa Billings. O rculo verde representa o Parque dos Búfalos. Fonte: CAPOBIANCO, 2000.
    A Bacia Hidrográfica da Billings ocupa um território de 58.280,32 hectares (582,8 km²), localizado na porção sudeste da Região Metropolitana de São Paulo, fazendo limite, a oeste, com a Bacia Hidrográfica da Guarapiranga e, ao sul, com a Serra do Mar. Abrange integralmente o município de Rio Grande da Serra e parcialmente os municípios de Diadema, Ribeirão Pires, Santo André, São Bernardo do Campo e São Paulo.
A maior parte das nascentes da Bacia Hidrográfica da Billings está nas partes sul e leste da bacia, próximas às escarpas da Serra do Mar, em altitudes máximas em torno dos 900 m. A porção oposta da Bacia, norte e oeste, é bem menor, com cursos d’água curtos, onde o desnível topográfico é em média de 50 m, da nascente à foz.
A área ocupada atualmente pela Represa Billings foi inundada a partir de 1927, com a construção da Barragem de Pedreira, no curso do Rio Grande, também denominado Rio Jurubatuba. O projeto foi feito o com o objetivo de aproveitar as águas da Bacia do Alto Tietê para gerar energia elétrica na Usina Hidrelétrica (UHE) de Henry Borden, em Cubatão, aproveitando-se do desnível da Serra do Mar.
No início dos anos 40, iniciou-se o desvio de parte da água do Rio Tietê e seus afluentes para o reservatório Billings, a fim de aumentar a vazão da Represa e, consequentemente, ampliar a capacidade de geração de energia elétrica na UHE Henry Borden. Este processo foi viabilizado graças à reversão do curso do Rio Pinheiros, através da construção das Usinas Elevatórias de Pedreira e Traição (localizada na Marginal Pinheiros), ambas em seu leito.
Esta operação, que objetivava o aumento da produção de energia elétrica, também mostrou-se útil para as ações de controle das enchentes e de afastamento dos efluentes industriais e do esgoto gerado pela cidade em crescimento.
O bombeamento das águas do Tietê para a Billings, no entanto, começou a mostrar suas graves consequências ambientais poucos anos depois. O crescimento da cidade de São Paulo e a falta de coleta e tratamento de esgotos levou à intensificação da poluição do Tietê e seus afluentes que, por sua vez, passaram a comprometer a qualidade da água da Billings.

Na próxima postagem, discutirei a produtividade das nascentes da Bacia Hidrográfica da Represa Billings e as nascentes do Parque dos Búfalos.

Bibliografia Utilizada:
Capobianco, J. P. R. Billings 2000: ameaças e perspectivas para o maior reservatório de água da região metropolitana de São Paulo: relatório do diagnóstico socioambiental participativo da bacia hidrográfica da Billings no período 1989-99. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2002. Disponível em: < http://site-antigo.socioambiental.org/banco_imagens/pdfs/56.pdf>. Acessado em: 03 abr. 2015.

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